Ir para o menu| Ir para Conteúdo| Acessibilidade Alternar Contraste | Maior Constraste| Menor Contraste

Sistema de Alerta de Enchentes é discutido na bacia do rio das Velhas

PDFImprimirE-mail

Oficina identifica mais 60 estações pluviométricas ou fluviométricas na bacia e que podem fazer parte da rede integrada de monitoramento de enchentes.

O trabalho integrado entre instituições públicas e privadas viabilizará a implantação do Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do rio das Velhas. As primeiras parcerias foram articuladas nesta segunda-feira (13/04), em Belo Horizonte, durante a oficina ‘Rede Hidrometeorológica e Prevenção de Inundações', realizada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. A proposta é que o Sistema esteja em pleno funcionamento até 2011.

O Sistema de Alerta irá abranger toda a bacia do Velhas, na região Central do Estado, beneficiando 51 municípios e mais de 4 milhões de habitantes. A proposta é que a rede de monitoramento integre as estações pluviométricas e fluviométricas já instaladas na região, operadas por instituições públicas e privadas, como Igam, Cemig, Copasa, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Prefeitura de Belo Horizonte.

Durante a oficina, as instituições participantes apresentaram a quantidade de estações hidrológicas e meterológicas que elas possuem e onde estão instaladas, além de projetos de ampliação. "O objetivo inicial é mapear todas as estações na bacia para então trabalhar um projeto de integração destas redes e viabilizar a instalação e operação do Sistema de Alerta na região", explicou o analista ambiental do Igam, Arthur Paiva.

De acordo com Paiva, o Instituto possui uma plataforma automática de coletas de dados meteorológicos na região e o projeto de implantar mais quatro, possivelmente nos municípios de Ouro Preto, Belo Horizonte, Rio Acima e Jaboticatubas. "Agora, com esta proposta de integração das redes, o Igam vai reavaliar esses pontos para evitar sobreposição de estações e priorizar áreas que ainda não possuem nenhuma cobertura", informou.

Arthur Paiva destacou que a rede de monitoramento de enchentes no Velhas será reforçada com aquisição de um radar meteorológico, o primeiro a ser instalado em Minas Gerais. O aparelho permitirá um monitoramento mais amplo e eficiente e poderá rastrear um raio de até 400 km, identificando a formação de granizo e a quantidade de precipitação. "A aquisição do aparelho também está sendo negociada por meio de uma parceria entre Igam, Cemig, Copasa, Prefeitura de Belo Horizonte e Inmet", completou Paiva.

O representante da Cemig, Marcelo de Deus, ressaltou a importância do trabalho de integração de redes e da criação do Sistema de Alerta de Enchente. "O sistema é uma excelente ferramenta para identificar os riscos de ocorrência de inundações e minimizar as perdas humanas e prejuizos materiais causados pelas cheias", destacou. Ele apresentou, ainda, a rede hidrometeorológica da Cemig que conta com mais de 90 pontos de monitoramento no Estado. "Na bacia do rio das Velhas são três estações fluviométricas/pluviométricas, duas fluvio-sendimentométricas/pluviométricas e cinco climatológicas", complementou.

A Copasa possui 25 estações pluviométricas e 18 fluviométricas na bacia do rio das Velhas, instaladas dentro das unidades operacionais da Companhia, em 22 municípios. Outra contribuição para a rede integrada é do Inmet, que possui nove estações meteorológicas na região. "Em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto (Cefet), o Instituto irá implantar mais uma estação na bacia", acrescentou o coordenador do Instituto em Minas, Fulvio Cupolillo.

Com previsão de operação a partir de novembro de 2009, a Prefeitura de Belo Horozinte, por meio do programa Drenurbs, irá implantar um Sistema de Monitoramento Hidrológico na Capital. O projeto prevê 27 estações fluviométricas e 15 pluviométrica e climatológica. "As áreas para a instalação das estações foram definidas priorizando zonas vulneráveis a inundações, como os Córregos Vilarinho, Cochoeirinha, Água Branca, Ressaca, Jatobá e o Ribeirão Pampulha", explicou a coordenadora do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte, Ilda Aguiar.

A Prefeitura de Belo Horizonte já conta com uma rede de 12 pluviômetros que abrange todo o município e gera dados estratégicos para o direcionamento das equipes de plantão da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel). "O arranjo proposto constitui o mínimo necessário para a cobertura das zonas vulneráveis a inundações", ponderou a diretora de Manutenção e Áreas de Riscos da Urbel, Cláudia Sanctis Viana.

Monitoramento

O Igam  monitora o tempo, o clima e o comportamento dos cursos de água em todo o Estado desde 1998. Para isso, o Instituto opera 29 plataformas de coletas de dados hidrometeorológicos, com sensores de leitura dos níveis dos rios, e 11 plataformas de coletas de dados meteorológicos.

O Sistema de Alerta de Enchente já está instalado nas bacias do rio Doce, na região Leste, e nas bacias dos rios Sapucaí e Verde, no Sul de Minas. Nessas bacias, o Igam faz um monitoramento ampliado e os dados hidrometeorológicos são analisados e repassados diariamente às Defesas Civis Municipais das cidades atendidas. Em caso de risco, são emitidos alertas de enchentes.  

No período chuvoso, de outubro a março, a equipe do programa trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os interessados podem acompanhar o monitoramento pelo site www.simge.mg.gov.br, clicando no menu ‘Tempo e Clima', ou pelo telefone 0800-283-5898.

Fonte: Ascom/ Sisema

SEMAD|

Rodovia João Paulo II, 4143, Bairro Serra Verde - CEP 31630-900